Trabalho com métodos ágeis há mais de 10 anos, nos mais diversos papéis. Comecei como desenvolvedora, aplicando práticas e valores de XP desde cedo na carreira para criar e evoluir sistemas de software. Então, trabalhei com Scrum, passando pelos 3 papéis do framework em diferentes momentos.
Em 2010, fui contar na Agile Brazil que "Quando o Scrum passou a atrapalhar" (título da sessão) evoluímos o processo e passamos a usar uma abordagem mais Lean. Em 2011, curiosamente, fui contar como as evoluções seguintes nos levaram novamente a ter iterações.
Montei os cursos de agilidade e treinei muitas pessoas na Caelum, colegas e alunos, sobre práticas ágeis de desenvolvimento de software, processos, melhoria contínua e colaboração.
Já me denominei Agile Coach, mas decidi que queria mesmo ser uma "Agilista de amplo espectro" -- alguém que consegue atuar com agilidade no todo, desde código até a organização. E, como código tinha ficado muito pra trás na minha carreira, decidi voltar a ser desenvolvedora, meu cargo atual, para preencher essa lacuna.
Estarei mais que feliz em participar das discussões propostas por outros participantes. Já vi assuntos bastante relevantes em outros position papers. Além desses, eu gostaria de explorar:
Acredito que minha vivência em diversos papéis diferentes dentro da Agilidade me colocam em uma boa posição para trazer a visão de, por exemplo, desenvolvedora de software a discussões de transformação digital; ou a visão de educadora em conversas sobre colaboração e trabalho em time. A perspectiva de quem desenvolve software diariamente, também me parece um diferencial. Além disso, me sinto bastante confortável facilitando dinâmicas e discussões.
Um grande desafio que enxergo é como promover a colaboração entre agilistas experientes da "primeira leva" com os novos, que estão chegando agora com a onda da "late majority", criando um ambiente inclusivo, em vez de mais e mais grupinhos exclusivistas.
Outro enorme desafio é retomar a engenharia de software ágil e o interesse em Agilidade de pessoas que desenvolvem software no seu dia-a-dia, desconstruindo a ideia de que "Agile é para gerentes".
Finalmente, há um gritante desafio em entender o que organizações gigantes querem, quando criam iniciativas de Transformação Ágil, e ajudarem elas a começarem a caminhada nesse sentido.