Bruno Watanabe
O que você planeja aprender ou explorar no Agile Coach Camp e quais os temas que você quer ver discutidos?
Trabalho remoto: Devido o cenário pandêmico que infelizmente fomos obrigados a passar nos últimos dois anos, fomos também forçados a entender qual seria a melhor forma de interagirmos e nisso, o trabalho remoto foi crucial para darmos prosseguimento às nossas atividades. Esta é uma mudança que veio para ficar e que traz boas perspectivas, porém ao mesmo tempo perdemos grande parte das relações humanas que eram facilmente construídas com a proximidade física. Como manter este aspecto vivo? Que estratégias estão funcionando ou não para que pessoas e times tenham sinergia e possam alcançar seus resultados desejados através da colaboração?
Work-life balance e saúde mental: Ao mesmo tempo, tenho observado um grande crescimento no número de pessoas que estão passando por situações desfavoráveis no que diz respeito a manter um ritmo de trabalho sustentável e como isso tem refletido em burnout, aspectos físicos e psicológicos. A demasiada quantidade de reuniões, contextos paralelizados, além do "fácil acesso" ao ambiente de trabalho estão fazendo com que percamos o controle sobre isso. Precisamos pensar em formas de prevenir, ou quais sinais devem ser usados para identificar esses comportamentos destrutivos, e também em como estimular as empresas a tratar este assunto com extrema seriedade.
Como você acredita que pode contribuir nessa edição do Agile Coach Camp?
Ter este background tanto em consultoria quanto hoje em uma empresa de produto em hypergrowth, me permite trazer diferentes perspectivas e contrapontos em discussões abertas, devido a pluralidade de contextos que pude vivenciar e trazer necessidades reais que times e pessoas vem enfrentando em suas jornadas de trabalho. Estar ativamente atuando em definições de carreira para um chapter de agilidade também me permite conversar sobre como definimos o nosso papel de agilista e que tipos de comportamentos devemos fomentar versus a forma como o mercado enxerga.
Conte-nos qual é a sua experiência colaborando para que equipes e organizações sejam ágeis
Meu primeiro contato com agilidade foi em meados de 2011-2012 mas ativamente vim aplicando no meu dia a dia e no cotidiano das empresas que trabalhei desde 2015. Durante os primeiros anos da minha carreira executei papéis mais voltados a um modelo tradicional de gestão de projetos como analista de negócios, analista de requisitos e gerente de projeto em iniciativas pontuais e aos poucos migrando para formatos de agilidade com pequenas equipes de desenvolvimento.
Em 2018 ingressei na Plataformatec como Agile Coach onde tive a oportunidade de vivenciar diferentes contextos dentro de empresas de tecnologia/produto no Brasil e no exterior (em segmentos como seguros, logística, financeiro e blockchain) atuando ativamente ou pareando com outros colegas agilistas em situações diversas dos projetos de consultoria.
Atualmente sou Agile Specialist & Chapter Manager pelo Nubank, atuando em engajamentos a níveis de BUs ou agrupamento de times, dentro e fora da engenharia. Realizo também, com frequência, mentorias com pessoas ou grupos para auxiliá-los a mitigar suas próprias dores e situações ou rampar conhecimentos de agilidade que podem ser úteis para os diversos papéis da organização. Por fim, lidero a refatoração do career path do chapter de agilidade, iniciativa essa pensada em criar uma visão unificada e homogênea dos antigos artefatos relacionados ao crescimento de carreira do Nubank e Easynvest.
Mais recentemente tive a oportunidade de palestrar pelo TDC, em Dez/2021, sobre o tema "Gestão de portfólio sem o uso de frameworks parrudos" pela trilha Stadium e Business Agility.
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