Devido ao agravamento da pandemia de Covid 19 tivemos de alterar a data do evento de Março para Abril, caso queira saber mais clique aqui.
O dinamismo das tecnologias, dos costumes e, do Direito e da cultura gera nas empresas a necessidade se adaptarem constantemente em busca de sobrevivência. Este é o conceito de demanda.
Segundo Mik Kersten, autor do livro Project to Product, “Aqueles que dominam a entrega de software em larga escala definirão o cenário econômico do século XXI”. Este é o conceito de capacidade.
Ter capacidade equilibrada com a demanda cada vez mais tenderá a implicar a sobrevivência ou a extinção de uma empresa. Mas saber quanto software é possível ser produzido em um determinado período de tempo não é trivial. Técnicas para medição de capacidade, como as métricas de fluxo, estão relacionadas não ao software em si, mas a aspectos de seu processo de produção, como lead time e throughput, sendo impactadas pelo WIP como elemento regulador. Mas esse conhecimento não faz parte da formação acadêmica e profissional da grande maioria dos trabalhadores do conhecimento, inclusive de seus gestores.
Minha vivência sobre este tema e o que tenho a oferecer ao Agile Coach Camp está relacionado à camada operacional. Em meu trabalho como coach de agilidade tenho trabalhado com times de projetos e produtos no sentido de usar as métricas de fluxo para tornarem seus fluxos de entrega mais estáveis e previsíveis. Fiz uso de técnicas diversas para multiplicação do conhecimento como treinamentos, dojos e mentoração sobre métricas como lead time, throughput e WIP e como a correta relação entre essas medidas leva ao aumento da eficiência operacional desses times, tendo obtido resultados que elevaram a maturidade desses times e os alçaram a melhores patamares de resultados.
No entanto, meu desafio e o que eu espero poder explorar e aprender no Agile Coach Camp nesta etapa de meu desenvolvimento profissional é como me comunicar eficazmente com as camadas táticas e estratégicas da empresa no tema do equilíbrio entre demanda e capacidade: como conciliar os desejos e demandas gerados pelo ambiente de negócios com a capacidade de entrega de incrementos de software pelos times de produtos e projetos.
Além da vivência em métricas de fluxo que narrei na pergunta anterior, acredito que também posso contribuir com minha vivência em equipe de sustentação de sistemas no mercado financeiro, que é um ambiente no qual não se falava em abstrações tão comuns no meio ágil, como manifesto, sprint, mindset e outras tantas. Tínhamos ali um propósito que era manter alta disponibilidade nos sistemas. E tínhamos obstáculos no caminho que fomos vencendo pouco a pouco, como baixa qualidade, altos estoques de incidentes e problemas e demanda maior do que capacidade. Foi um ambiente onde experimentamos diferentes sistemas de trabalho e fomos conseguindo estabilização com o tempo.
Além do time de sustentação que mencionei anteriormente, tive a oportunidade de introduzir um sistema de entrega puxado no meu próprio time de arquitetos de integrações que atendia a um time Scrum de um produto financeiro. Ali usamos práticas de agilidade, especialmente o Kanban, para tornar nosso processo transparente e adequado ao nosso time cliente, do qual eu também como atuava como agile coach informal e o que me motivou a mudar de carreira formalmente. A partir daí eu mergulhei na teoria e na prática de diferentes frameworks e métodos, como Scrum, SAFe e Kanban, passando a participar de jornada ágil de diversos squads e tribos, dentro e fora da TI, onde a maturidade era tipicamente baixa e usei o Kanban Maturity Model e as práticas de visualização do trabalho, limite de WIP, políticas de processo, gestão do trabalho, ciclos de feedback e melhoria contínua para introduzir valores como transparência e colaboração.
Voltar